sábado, 20 de agosto de 2011

É bom acreditar

Olá companheiras de luta.

No final deste ano completo 35 anos. Todas nós sabemos o que a estatistica diz a respeito da nossa capacidade reprodutiva a partir dessa idade. Posto isto, para que a minha consciência possa serenar, sabendo que fiz tudo o que estava ao meu alcance, sinto-me muito tentada a fazer o meu 4º tratamento no final deste ano ou início do próximo.

Apesar das vantagens (poupança de euros) do serviço público, só me sinto esperançada que o profissionalismo dos médicos da IVI me possam ajudar a concretizar a maternidade. Não posso esquecer que foi lá que consegui o meu único positivo. E também não posso ignorar o facto de o Dr. Sérgio ser o responsável por a minha querida Susana Pina ter engravidado e estar na contagem decrescente para o nascimento da sua Marta.

O meu maridão, um pouco apreensivo sempre com o desenrolar destes tratamentos, diz que está comigo.

Darei novidades quando decidirmos marcar consulta.

É bom voltar a acreditar que para nós haverá uma luz ao fundo do túnel.

PS - Deixo aqui um beijinho grande para a Dalila. Força!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Desaparecida em combate...ou do combate

Olá amigas,
Cá estou eu a dar notícias.
Não sei se estou desaparecida "em combate" ou "do combate".
Eu passo a explicar. Encarando o adversário como a infertilidade, esperava puder chegar aqui hoje e dizer: não tenho dado notícias por ando "em combate". Ora, isso não é verdade. Ando desaparecida das lides do blogue, mas também desaparecida do combate contra a infertilidade.
A minha querida Dalila, do outro lado do oceano, lançou-me, numa última mensagem deixada no post anterior, umas palavras de esperança e optimismo. Quem dera que as mesmas tivessem eco para o seu e para o meu lado...

No ano passado, por esta altura, tivemos o resultado da nossa 3ª ICSI. Um miserável negativo. Decidimos não voltar a fazer tratamentos. Mas devo confessar que nestes últimos meses surgiu uma vontade de voltar ao Dr. Sérgio, o único médico que acredito nos poderá ajudar. Claro que essa vontade é passageira e embate em tentas questões que fica por aí mesmo. Os euros não abundam; comecei a trabalhar há pouco tempo; os riscos sempre presentes neste tipo de tratamentos...

quarta-feira, 23 de março de 2011

Tu mereces

Hoje, numa retoma às lides do blogue deparei-me com uma notícia magnífica: a minha querida Susana Pina está grávida. A luta dela foi longa e dolorosa, mas estou certa que a benção chegou 20 anos depois.

Muitos parabéns!!! E as maiores felicidades do mundo!!!!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Ano Novo...e estranho

Olá a todas,
Cá estamos de entrada num novo ano.
Novidades pessoais não há. Tudo sereno e na paz.
O mesmo não posso dizer de alguns casais amigos e conhecidos...Ultimamente as notícias que recebo mais regularmente, e hoje foi mais um desses dias, é que "fulano e sicrano separaram-se" ou "X e Y estão a pensar em ir cada um para seu lado". Não conheço os contornos de todas as separações. Contudo, todos os casais que conheço e que se separaram têm um ponto em comum: filho/a.

Há quem defenda que um filho une ainda mais o casal. Eu nunca tive essa opinião. Sempre achei que a firmeza do casal se media a 2 e não a 3.
E será que um filho pode desunir o casal? Também não acreditava nisso. Mas nos últimos tempos já nem sei bem o que pensar. Ajustar a vida de casal à chegada os filhos parece ser um "bicho de sete cabeças".
As minhas amigas têm uma queixa recorrente: que os companheiros não ajudam nas tarefas com os filhos e que vivem até um pouco alienados da sua posição de pais. Alguns parecem ser mais um filho, do que um marido e pai.
Da parte dos amigos, as queixas são que as companheiras estão completamente absorvidas no seu papel de mãe e que se esqueceram de ser namoradas e companheiras.
Bem, de um lado e de outro parece-me que ambos têm argumentos válidos. O pior é que nenhum deles faz um esforço para limar as arestas. Vejo casais que se davam super-bem a criar uma barreira, uma parede de mágoa. É triste.
Como nós somos, cada vez mais, dos poucos casais que não têm filhos, acabo por não dar muitos conselhos, pois, como diz o ditado "quem está no convento é que sabe o que vai lá dentro".

Sei que parece um pouco tolo, mas dou por mim a pensar: e se eu estou a lutar por um filho e acabo sem companheiro?