Na terça-feira, numa última tentativa de aspirar o útero e já no bloco operatório, sedada e dormir, O Dr. Sérgio conseguiu visualizar - finalmente - uma massa na trompa esquerda (curiosamente o meu ligeiro mau-estar é do lado direito).
Já não havia razão para fazer a aspiração, partimos logo para a injecção de metotrexato.
Nesse dia beta subiu de 94 para 123.
Entretanto, o Dr. Sérgio aconselhou-me a levar a vacina da imunogglobulina anti-Rh, para não ter problemas de rejeição do feto numa futura gravidez, pelo facto de eu ser O- e o marido A+. Depois de algumas "bocas" consegui fazê-la na MAC.
Hoje voltei à IVI para fazer uma ecografia e vi finalmente a dita "massa" na trompa. Parecia-me enorme , mas o Dr. Sérgio disse que é das mais pequenas que já viu na trompa. Mede um centimetro e meio.
Fiz o novo beta, que deu 176, uma nova subida! Depois do coração me cair aos pés, Dr. explicou que o MXT actua entre o 4 e 7 dia. E que ao 4º dia costuma haver uma subida, para então cair drasticamente. Dito isto, o beta que irei fazer na 3ªfeira é que indicará os proximos passos. Se baixar - optimo. Se não baixar temos duas opções: ou nova injecção ou laparoscopia.
Quase um mês depois do tratamento, acabámos por chegar a hipótese mais remota - a ectópica. Posso dizer que tive sorte tratar-se de uma gravidez não evolutiva pois os danos na trompa serão, previsivelmente, menores.
A explicação absoluta para a ectópica não existe. Explicou-me que o útero possui movimentos fortes, tipo contracções, que pode movimentar os embriões. Mas as trompas possuem tb movimento próprio e muitas vezes conseguem movimentar novamente o embriao para o útero. Eu não tive essa sorte e agora faço parte dos 10% de mulheres que desenvolvem uma gravidez ectópica. Para além disso, no futuro, natural ou através de PMA a percentagem de eu voltar a sofrer uma ectópica duplica - ou seja 20%.