sábado, 29 de agosto de 2009

A vida faz-se de subidas e descidas


Estava a pensar só colocar um novo "post" quando o beta descesse a zeros. Ora como isso ainda não aconteceu na terça-feira...e só repito na próxima semana, não vos queria deixar sem notícias minhas.
Finalmente o beta desceu para 26!! É uma descida muito boa!! E faz-me acreditar que as coisas se estão a encaminhar para um final. Realmente parece impossível o tempo que a hormona ainda resiste no nosso organismo.

Hoje escolhi esta imagem de Escher porque acho que simboliza (infelizmente) muito bem a luta dos casais inferteis. Somos umas autênticas formiguinhas laboriosas, que fazem todo o seu trabalhinho para que no fim se alcance a desejada gravidez: exames e mais exames; amor com hora marcada e posições estranhas; tomam vitaminas e antioxidantes; fazem desporto, deixam de fumar e melhoram a alimentação; fazem tratamentos convencionais e alternativos...E, muitas vezes, depois de tudo isto...a cegonha continua sem aparecer...e o processo inicia-se e repete-se, como se estivessemos no beco sem saída e a única solução é continuar a tentar...e a acreditar...

Por aqui já tivemos (finalmente) autorização para reiniciar a nossa vida sexual. Mas durante 3 meses estamos obrigados a utilizar precaução. Seria de todo desaconselhado engravidar (apesar de quase impossível), devido a toma do MXT. É fantástico querer engravidar e estar a utilizar meios anticoncepcionais! Digam lá se não é?!

sábado, 15 de agosto de 2009

A minha trompa pregou-me uma partida


Na terça-feira, numa última tentativa de aspirar o útero e já no bloco operatório, sedada e dormir, O Dr. Sérgio conseguiu visualizar - finalmente - uma massa na trompa esquerda (curiosamente o meu ligeiro mau-estar é do lado direito).
Já não havia razão para fazer a aspiração, partimos logo para a injecção de metotrexato.
Nesse dia beta subiu de 94 para 123.

Entretanto, o Dr. Sérgio aconselhou-me a levar a vacina da imunogglobulina anti-Rh, para não ter problemas de rejeição do feto numa futura gravidez, pelo facto de eu ser O- e o marido A+. Depois de algumas "bocas" consegui fazê-la na MAC.

Hoje voltei à IVI para fazer uma ecografia e vi finalmente a dita "massa" na trompa. Parecia-me enorme , mas o Dr. Sérgio disse que é das mais pequenas que já viu na trompa. Mede um centimetro e meio.
Fiz o novo beta, que deu 176, uma nova subida! Depois do coração me cair aos pés, Dr. explicou que o MXT actua entre o 4 e 7 dia. E que ao 4º dia costuma haver uma subida, para então cair drasticamente. Dito isto, o beta que irei fazer na 3ªfeira é que indicará os proximos passos. Se baixar - optimo. Se não baixar temos duas opções: ou nova injecção ou laparoscopia.

Quase um mês depois do tratamento, acabámos por chegar a hipótese mais remota - a ectópica. Posso dizer que tive sorte tratar-se de uma gravidez não evolutiva pois os danos na trompa serão, previsivelmente, menores.

A explicação absoluta para a ectópica não existe. Explicou-me que o útero possui movimentos fortes, tipo contracções, que pode movimentar os embriões. Mas as trompas possuem tb movimento próprio e muitas vezes conseguem movimentar novamente o embriao para o útero. Eu não tive essa sorte e agora faço parte dos 10% de mulheres que desenvolvem uma gravidez ectópica. Para além disso, no futuro, natural ou através de PMA a percentagem de eu voltar a sofrer uma ectópica duplica - ou seja 20%.

domingo, 9 de agosto de 2009

Só quero que acabe...


Há uns dias atrás falei dos aspectos positivos deste tratamento. Neste momento não posso ignorar a grande núvem de preocupação que paira sobre a minha cabeça.
Nunca pensei que ter um beta positivo pudesse alguma vez ser motivo de tristeza e angústia - mas é :(
Como é que um valor mínimo que não chega a 100 não há maneira de descer! Há mais de uma semana que se mantém impávido e sereno, mesmo eu continuando com algumas perdas acastanhadas, mesmo depois de ter feito uma aspiração uterina??
Não há como colocar de parte a hipótese de ectópica. Mas por agora, há que limpar toda a cavidade uterina e aguardar...
Eu não tenho feito outra coisa senão esperar. Pacientemente.

O marido já disse várias vezes que estão postos de parte quaisquer outros tratamentos. Que não quer passar mais por isto. Que não me quer a sofrer mais.

Até ao momento, as dores físicas são quase inexistentes. Mas as psicológicas ninguem me as tira :(
Eu não sei se quero ou não fazer mais algum tratamento. Este não é o momento para pensar nisso.

Neste momento só quero uma coisa: que esta situação se resolva, sem por em risco a minha saúde e a minha fertilidade.

Só quero que isto acabe! Será pedir muito?!